O Confesso que Bebi esteve presente na 11ª edição do Mondial de la Bière, que rolou nos dias 10 a 13 de outubro de 2024, no Pier Mauá, Rio de Janeiro. Vamos abaixo confessar um pouco sobre as cervejas do evento que conseguimos beber, assim como algumas boas mudanças em relação a última edição.
Entre as melhores novidades dessa edição, podemos citar a melhora nos banheiros "móveis", aumentando assim a quantidade para o público, assim como o cardápio informar quais cervejas eram lançamento. Afinal, muitas pessoas gostam de programar quais cervejas querem provar e nem sempre é possível lembrar de tudo que já bebeu! Outro ponto bacana foi o aumento de cervejarias participantes em relação ao ano passado (quando quase não haviam lançamentos ou cervejarias novas), além de stands com cachaça, batidas e até mesmo vinho.
Muitas opções para matar a fome, apesar dos preços |
E como crítica principal, cito que o preço das comidas oferecidas pelos trucks estava um pouco salgado em relação ao último ano (diferente da média de valor das doses). Além disso... chopp de vinho deveria ser banido do Mondial hahahahahahha!
A lista completa do que confesso ter bebido está abaixo e foram menos
rótulos que havia listado para beber, afinal muitas delas foram plugadas
apenas no final de semana enquanto outras acabaram fora do orçamento.
Segue a lista das cervejas que consegui beber:
- 7 Vargas com a New 7 Wonders uma New England Ipa de 6,2% com manga e maracujá no aroma. Harsh presente, fiel ao estilo.
- 7 Vargas com a Session IPA de amargor leve, final seco e 4,6% de ABV.
- Alpendorf com a Brigadeiro Bacon uma Adambier com apenas 6,3%, incríveis aromas e sabores de bacon em uma cerveja com maltes escuros, cor negra e corpo baixo
- Detalhe importante: Adambier é um dos novos estilos que fazem parte da lista da Brewing Association, cuja origem era um estilo de cerveja indígena conhecido de Dortmund, Alemanha. Com o tempo, ela deixou de existir por conta da mudança dos gostos dos consumidores de cerveja alemãs por lagers escuras, principalmente.
- Alpendorf com a Tropicana Sour , uma Catharina Sour com 4%, apresentou um off flavor de Ácido Sulfídrico no aroma, possivelmente gerado pelo uso em excesso do manjericão, que sobressaiu inclusive sobre a manga. Apesar disso, o sabor da cerveja estava ótimo.
- Alpendorf com a Imperial Gose Caramelo é uma Gose de 6% com uso de caramelo salgado, apresentando uma acidez com leve dulçor no aroma, e um toque salgado incrível. Seu final é médio.
- Barão Bier com a Sour de Morango com Laranja Catharina Sour com maior presença do morango no aroma, e o sabor lembra uma vitamina de frutas.
- Bohemia com a Session IPA Caroline
- Belgarioca com a Duchesse de Rio uma Flanders Red Ale de 7% ABV, dulçor acentuado, aroma amadeirado e corpo levemente licoroso.
- Colonus com a Chilli essa Witbier com pimenta dedo de moça tem 4,8% de teor e uma pegada presente da pimenta dentro de uma cerveja muito leve. Alta drinkability.
- Coza Linda com a Saison Mirim Droryana é um espetáculo diferente: uma Speciality Honey Beer com fermentação selvagem a base de microrganismos de abelhas sem ferrão (que dão o nome da cerveja) com 5.5% de ABV
- Criatura Craft Beer com a Kimmy foi uma das melhoras cervejas do festival. Uma Hazy New England IPA perfeita, com 6,5% e 47 IBU.
- Criatura Craft Beer com a Pizza Havaiana essa Sour é perfeita no estilo, dano no aroma e no retrogosto a presença do sabor de abacaxi e manjericão, assim como uma das pizzas mais contestadas do mundo.
- Criatura Craft Beer com a Romeu e Julieta fantástica combinação de uma Catharina Sour de goiaba com o uso da espuma de lactose, fazendo um creme doce e ácido na boca. Uma mistura de sabores incrível, assim como o sobremesa
- Demokrata com a Marzen possui poucos toques florais e muito sabor de biscoito. Muito clara/translúcida, possui uma espuma persistente de bolhas pequenas, seca e final longo.
- Doutor Duranz com a Elementhun é uma Black IPA de 7,5% com café e cacau intensos no sabor e aroma;
- Doutor Duranz com a Nigredo Pistache a base da RIS com adição de pistache presente em um sabor equilibrado dentro dos 10.5% e alta drinkability.
- Doutor Duranz com a Nigredo Amburana é a mesma base da RIS, envelhecia em barris de amburana, ganhando toques amadeirados no sabor e aroma, além de um corpo levemente licoroso.
- Doutor Duranz com a Nigredo Pudim de Caramelo Pastry RIS medalhista do Mondial em 2023 é uma beleza: com o aroma de pudim dominante em uma cerveja fantástica dentro dos seus 10,5%.
- Doutor Duranz com a The Pumpkin
- Fermentaria Local com a Velha Vermelha foi a melhor do Mondial para o Confesso que Bebi. Uma Flanders Red Ale com dulçor fantástico, notas de conhaque, amadeirado presente no aroma e sabor, final longo, corpo licoroso, uma delícia de cerveja!
- Guapa com a Calavera
- Hocus Pocus com a Go With The Flow
- Hocus Pocus com a Prog #154 quebrou o paradigma trazendo um aroma de café espresso em uma cerveja clara, amarelo palha e bolhas pequenas.
- Noi com a Italian Pilsner
- Quinkas com a Tempero da Bruxa essa Pumpkin Ale tem dulçor alto no aroma e sabor com final longo
- Quinkas com a Tempestade sabor não balanceado, dulçor ficou muito alto para uma Black IPA mesmo com o uso do caramelo salgado. Final seco com muito chocolate no sabor. Aroma ok, lúpulo quase imperceptível.
- Three Monkeys com a Ceviche é Imagina beber um peixe. Então, é isso
- Three Monkeys com a Paranoid About Paçoca Todos os elementos presente
- Yarun com a Manipueira Wild Essa cerveja feita com água da mandioca gerando um baixo pH em 5,7% de álcool e baixa manutenção de espuma. Servida na garrafa, tem seu sabor muito interessante, com notas doces e amargor presente.
Vamos aguardar que no próximo Mondial tenhamos mais cervejarias de fora do eixo RJ/SP, mesmo entendendo as mudanças no mercado desde 2018/19, assim como, quem sabe, mais distribuidores de rótulos de fora do país...
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