19 de março de 2014

Festival Brasileiro da Cerveja e eu: uma história de amor

Já que todo mundo tá falando sobre o Festival Brasileiro da Cerveja, também quero falar! Afinal de contas, eu estive por lá no último sábado, desfilando todo o meu garbo e elegância em um vestidinho que mais parecia uma toalha de mesa... O evento aconteceu entre os dias 12 e 15 de março e levou até a Vila Germânica em Blumenau milhares de cervejeiros e amantes da boa cerva. 

Então venha comigo conhecer um pouco sobre um dos eventos cervejeiros mais importantes do país. Prontos pra minha confissão?

Foto: Sarah Vignoto
Mandaram bem...
  • O festival ocupou dois pavilhões este ano e correm boatos que ano que vem ocupará três. Os stands ficaram bem distribuídos e sobrou bastante espaço para andar, dançar e se sentar para beber/comer.
  • Rolou música ao vivo de boa qualidade. Havia um palco em cada pavilhão, com shows de estilos musicais diferentes. E o melhor (pelo menos para mim): o som não estava ensurdecedor. Boa cerveja ao som de boa música, quase quis morar lá!
  • O evento cresceu, mas as filas não. Foi muito tranquilo comprar meus ingressos, trocar dinheiro, comprar cerveja e comida. A única exceção foi o stand da Cervejaria Bodebrown, as filas permaneceram enormes até o último minuto. Todo mundo quis provar as cervejas premiadas do Samuel, inclusive eu, que não sou boba (valeu muito a pena esperar para provar a Wee Heavy envelhecida em barril Bourbon por 12 meses).
  • Festival de cerveja também é um programa pra ser feito em família. Perdi a conta de quantas crianças vi por lá (a pequena Isis ia adorar). Não vi brigas, os pavilhões estavam muito limpos - assim como os banheiros - e havia bastante espaço para descansar e comer.
  • E se além de beber boas cervejas, você também quiser paquerar, arrume as malas e vá para Blumenau. Nunca vi tanta gente bonita. É sério!
  • Muitas cervejarias do Brasil lançam suas novas cervejas lá. Este ano eu adotei uma tática de guerra: levei comigo uma lista com os lançamentos e bebi quase todas! Depois repeti as que mais gostei ou provei outras da mesma cervejaria. #ficaadica
Lôra burra é o escambau, levei minha lista e me dei bem!
  • Dá pra aproveitar o festival do início ao fim sem correr o risco de dançar pelado em cima das mesas ou partir para outra dimensão: todas as cervejarias serviram doses de 100 ml, por justíssimos R$ 3,00. Mas se você sentir que o bicho está prestes a pegar, seja humilde, baixe a bola e compre sua cerveja preferida para beber em casa. Os preços das garrafas estavam imbatíveis.
  • Se sorvete é gostoso, imagine então se for de cerveja... A Gelataio de Curitiba serviu vários sabores de cervejas que estavam sendo lançadas no festival. Exclusivo e delicioso...
Inventaram sorvete de cerveja e você reclamando da vida?
  • Pode parecer bobo, mas achei fantástica a ideia de recebermos um copo de acrílico na entrada. Resistente, ele aguenta eventuais quedas sem colocar ninguém em risco, nem te deixa na mão. Com ele é possível apreciar o sabor e a aparência das cervas, quase tão bem como se elas tivessem sido servidas em copos de vidro.
Mandaram mal...
  • Tinha água de graça à vontade, mas não para beber, apenas para lavar os copos. Entre uma cerveja e outra, para não dançar pelado em cima das mesas ou partir para uma outra dimensão, beber uma aguinha custava inacreditáveis R$ 4,00!!! #surreal
  • O calor estava insuportável, desde a abertura dos pavilhões até o final da festa. Um verdadeiro inferno, fico de mau humor só de lembrar.
  • Acho que seria interessantíssimo se o festival disponibilizasse em seu site uma lista com os lançamentos das cervejarias. Imagine só que maravilha saber não só quais serão os expositores, mas também seus lançamentos: seria bom pra todo mundo!
  • Mais lugares para carregar celulares e eletrônicos em geral. Fiquei sem bateria no meio da tarde, sem poder tirar fotos ou ligar pra mamãe. Só na hora de ir embora vi que havia algumas tomadas na entrada, mas aí já era.
  • Seria muito pedir wi-fi no local? Senhores organizadores do festival, imagine o tanto de divulgação online o evento teria...
  • E alguém sabe se havia guarda-volumes lá? Eu não vi e pagaria por um se encontrasse (só pra não ter de carregar pra cima e pra baixo aquele monte de cerveja que eu comprei).
  • Agora um ponto polêmico, que merecia até uma conversa a parte: as regras do concurso brasileiro de cerveja. Não dá pra comparar uma cerveja engarrafada, pasteurizada e tirada do ponto-de-venda com outra, fresquinha, especialmente extraída do barril para o festival. Dizem que isso aconteceu, não sei se é verdade, não sei se as tais concorreram "em pé de igualdade". Uma coisa é certa: o choro é livre e tem muita gente falando besteiras por aí. Quanto mais claras as regras, menor será o chororô (palavra de botafoguense, especialista nisso)! Que venham os próximos concursos, essenciais para promover a cerveja brasileira.
A você, leitor amigo, que sobreviveu a esta longa matéria, deixo um beijo e um conselho: não perca a próxima edição do Festival Brasileiro da Cerveja. Eu estarei lá novamente, vivendo essa linda história de amor pela cerveja. 

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