25 de novembro de 2015

Mondial de La Bière 2015

A terceira edição do Mondial de La Bière no Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 19 e 22 de novembro de 2015 em um novo endereço. O Pier Mauá recebeu 38 mil pessoas ao longo dos quatro dias de festival, com centenas de cervejas distribuídas entre os três galpões. Então vamos confessar o que achamos do evento e dos rótulos que bebemos.

Primeiro galpão
E que evento! O Armazém Pier Mauá e a região, que vem sendo restruturada para os eventos da cidade, além do visual incrível da Baía de Guanabara, abrigaram dentro dos enormes galpões os expositores, criando um espaço para circulação que permitiu aos visitantes transitar de forma fluída e tranquila na maior parte do tempo. Sim, tiveram pequenas discussões que presenciei, rapidamente controladas pela equipe de segurança. O lado positivo deste maior espaço foram os shows e as palestras (em formato de bate papo) serem melhor aproveitadas pelos presentes, melhorando a acústica. E por favor, é claro que o ar condicionado não daria nunca a mesma vazão devido ao pé direito dos galpões. 
Cardápio da Weird Barrel Brewing Co. Ayyy!
Stand da Brasil Kirin, com destaque para a Kirin Ichiban. Surpreendente!
Gostaria de destacar a presença dos food trucks (Ogrostronomia, Hell's Burguer, Aconchego Carioca, entre tantos outros) na área externa, com as mesas espalhadas para o conforto do público. E principalmente o que as cervejarias montaram para destacar suas cervejas. Desde o Beer Truck da Tupiniquim e a Kombi da Therezópolis, as 26 torneiras da Bodebrown, que formavam uma ilha cercada de aficionados pela cervejaria por todos os lados, os incríveis stands da Brasil Kirin (acompanhado do bate-papo descontraído com o mestre cervejeiro Samuel Hoshino), Jeffrey, Ampolis, Hocus Pocus e Grupo Petrópolis, até a distribuidora Buena Beer e os rótulos americanos exclusivos para o Mondial
Shows e palestras em palco localizado no último galpão
Contudo, sabemos que problemas acontecem, especialmente para serem solucionados nas próximas edições. Um dos pontos que devemos levar em conta é que, nas duas primeiras edições, o evento aconteceu em um espaço bem menor (no Terreirão do Samba). Essa mudança de endereço e a ampliação do espaço podem trazer surpresas na logística. Os pontos a melhorar são:
  • Haviam menos pontos d'água para o tamanho do espaço. Além disso, a reposição dos galões nos dois primeiros dias deixou a desejar.
  • Quando se amplia o espaço, aumentam os ingressos a venda. Em um evento de cerveja, claro que os banheiros são a chave para os comentários positivos. No sábado, terceiro dia, as reclamações sobre as filas cruzando o galpão inteiro foram muitas, tanto de expositores quanto dos visitantes. 
  • Ocorreu um caso de furto: um barril que foi sumiu de um stand durante a noite. A recuperação se deu graças a comunicação entre os cervejeiros pelas redes sociais, que localizaram e solicitaram a devolução. Sobre isso, na minha opinião, é responsabilidade da organização do evento dar segurança aos expositores, além dos mesmos com o seu material.
Segundo galpão
O MBerr Contest Brazil de 2015 contou com um júri composto pelos americanos Brian “Spike” Buckowski (mestre cervejeiro) e Randy Mosh (consultor de criação cervejeira), os brasileiros sommeliers de cerveja André Soares, Gil Lebre, Gustavo Renha, Luiz Caropreso, Rodrigo Sawamura e Ronaldo Rossi (sendo os dois últimos sommeliers chefs) e a inglesa Melissa Cole (sommelier de cervejas e presidente do júri). Foram distribuídas dez medalhas de ouro e uma de platina, prêmio máximo entregue para a Tupiniquim pela Tupiniquim Monjolo BA Wiskey. Os outros ganhadores da medalha de ouro foram:
  • Smoked Porter da Stone Brewing Co.
  • Tupiniquim Lost in Translation, colaborativa da Tupiniquim com a Evil Twin Brewing
  • Laguna d'Oro da Juan Coloto 
  • Saint Bier Patada da Saint Bier
  • Niobium da Wäls
  • Blend Tripel Montfort Chardonnay Barrel da Bodebrown
  • Beatus da Mistura Clássica
  • Dragon´s Milk da New Holland Brewing 
  • Atomga Cherry da Bodebrown
  • Penedon Suklaata da Penedon Brew Pub
E das onze medalhistas, infelizmente só confesso ter bebido duas: a Beatus (que bebi em 2013) e a Atomga Cherry (durante o primeiro dia do evento, mas não lembrei de tirar a foto).
A foto é de 2013, mas vale o registro da medalhista!
Entre as cervejas que bebi no Mondial de La Bière, seguem algumas delas abaixo:
As cultuadas cervejas da norte-americana Dogfish Head: a 60 Minutes IPA e a 90 Minutes IPA
Dubaï Pillée da canadense Le Trou du Diable.
Valeu WBeer, pela cerveja para os sócios no evento!
4 Grãos da DUM Cervejaria. Que cerveja, meus amigos! 
Essa vai merecer um repeteco logo: Baden Baden Red Ale envelhecida.
Impressionante o aveludado no corpo dela, após maturar em barril de carvalho. Uma delícia! 
Lambreta Red Ale da Gaspar Family Brew, com o caneco Cervejantes.
Aroma de Toffle sensacional e um torrado leve dando equilíbrio à cerveja.
Tripel Travessia, a colaborativa da Bohemia e Therezópolis: equilibrada e saborosa
Victoria's Secret Au Chardonnay Barrel Aged: mais uma obra de arte
do Samuel Cavalcanti da Bodebrown
Os pecados capitais da Cervejaria Mea Culpa surpreenderam.
Principalmente a IRA, uma Imperial IPA bem interessante!
Para finalizar, resolvi fazer uma brincadeira/homenagem aos amigos cervejeiros presentes no evento. Salvem os criadores e as suas criaturas de malte, lúpulo, levedura e água! E viva a cerveja artesanal carioca!
André e a Verve Spiritus.
Eu, Botto e a Bola nas Costas da Beertoon.
Bruno Viola e a Marmota IPA.

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