8 de junho de 2014

Confesso pelo Mundo: Brewdog São Paulo

Esta é a série Confesso pelo Mundo, contando um pouco sobre alguns bares e cervejas do mundo. E como diz a canção (o mundo é pequeno pra caramba...), o Confesso que Bebi visitou a terra da garoa, ou melhor dizendo, São Paulo, no mês passado para conhecer alguns bares e, é claro, finalmente beber na casa da Brewdog no Brasil.
(Foto: Brewdog)
E como a vida é a arte do encontro, não é que nesses bares eu esbarro com o cervejeiro e grande amigo Marcelão DuLeblon por lá! Ele estava visitando o filho e acabou tornando a noite mais divertida. Comecei com a Dead Pony Club, uma American Pale Ale da casa, com teor de 3,8%. Refrescante e boa para começar os trabalhos, não só pelo baixo teor mas pelo sabor e leveza da cerveja.
Assim como em Londres, o bar oferece também garrafas variadas, tanto da Brewdog como de outras cervejarias. E nas torneiras, além de rótulos escoceses, muitas cervejas brasileiras. Então resolvi provar a Way Dog, uma cerveja exclusiva da casa, feita pelo pessoal da Way Beer com os cervejeiros da Brewdog. Segundo eles, é uma Session Pale Ale, de iguais 3,8%, corpo baixo, amargor razoável, que não me agradou. 
Eis que no meio, a mesa inteira resolve pedir a famosa Tactical Nuclear Penguin. Cerveja Imperial Stout? Não mesmo, apesar de ser criada a partir do congelamento da Paradoxx por três semanas. É um belo aroma de whisky, corpo licoroso, notas de amora e framboesa. São 32% de álcool muito presentes, por isso vendido em doses como um conhaque. Vale a experiência.
O bacana do bar é você receber seu cartão com número e seus pedidos serem marcados no sistema apenas com isso. Claro, não temos a cultura dos pubs na Inglaterra onde se paga a cada copo. Em seguida pedi a Perigosa, da Bodebrown, que já conheço de longo tempo mas não havia postado aqui. Com 9,2%, esta Imperial IPA explica a qualidade do pessoal de Curitiba. O aroma herbáceo, com leve presença de maracujá e notas florais mais intensas, é explosivo. No paladar, o balanço entre o amargor dos lúpulos e o doce sabor do malte caramelo é perfeito. Posso dizer que foi a melhor da noite.
Aproveitei as cervejas on tap da casa para conhecer A Piscadinha, da cervejaria paulista Urbana. Uma Session Black IPA com 4,5% e 25 IBU, bem escura com creme de boa duração. No aroma e sabor, nota herbal presente, com leve amargor durante a degustação. Corpo leve, boa drinkability, final médio.
Sobre o bar, ele aproveitou uma velha oficina como lugar. Isso explica o acabamento do ambiente e parte da decoração das mesas e cadeiras. No mais, mantém o padrão de todas as outras franquias: atendentes descolados e jogos de tabuleiro para uso dos clientes. Há uma pequena área externa para fumantes logo na entrada, com mesas adaptadas para repousar seu copo.
Para fechar os trabalhos, resolvi manter a tradição desde a primeira vez que bebi uma cerveja da Brewdog graças ao Have a Nice Beer em 2011: uma Punk IPA! Como já falei desta IPA de 5,6% aqui, deixo uma foto dela no tap para vocês.
Ah! E para comer, recomendo o cachorro quente com chilli, bem apimentado. Se você está na capital paulista, arrume um tempo para conhecer a franquia da Brewdog no Brasil.

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