31 de outubro de 2016

Dogma quebrando paradigmas

A cervejaria mais falada dos últimos tempos no Brasil é a Dogma. Eles estão criando cervejas com personalidade, seja desde os rótulos até as receitas. E o pessoal do WBeer, antenado com o mercado, selecionou dois rótulos para os sócios: Sour Dogma e White Dogma.
White Dogma é uma Witbier cuja receita usa, no lugar das sementes de coentro e casca de laranja, dois lúpulos alemães (Mandarina Bavaria e Halleartu Blanc), além de adicionar malte de centeio a cevada e ao trigo. O resultado é uma cerveja com 5,5% ABV e aparência amarelo palha, turva com uma espuma branca de bom volume, formação e duração. O aroma cítrico é intenso e rico em laranja, limão e tangerina. Já o sabor segue o aroma, com um menor toque de especiarias não utilizadas, sendo substituído pelo toque do lúpulo e um leve toque picante no retrogosto. O amargor é bem presente, contrastando levemente com o estilo e tornando - para mim - uma cerveja muito interessante e agradável. O final é seco, corpo médio e boa carbonatação.
A Sour Dogma é uma cerveja com 4% que leva o lúpulo alemão Huell Melon e, no lugar do malte de trigo, leva centeio. Essa Sour tem aparência dourada clara, com leve turbidez e uma espuma branca de pouca densidade e volume. O aroma é carregado no azedo característico do estilo, com notas de uva e cítricas, puxada para lima. O sabor possui acidez láctica crescente, um salgado peculiar e leves notas picantes, talvez do malte de centeio. Amargor pouco notado, final médio.

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