12 de dezembro de 2011

Delirium Café

Delirium Café existe aproximadamente há um ano e meio em Ipanema, na Barão da Torre. Uma casa simpática e com muita gente bonita recebeu o evento de 6 anos do Rock Flu, dos amigos queridos Gustavo Valladares e Sérgio Duarte, e do aniversário do portal Torcida Tricolor, do Beto Meyer.

Depois de muito bem recebido pelo João Thomi, dono da casa, recebi a carta de cervejas e entendi porque a Veja deu a eles o prêmio da melhor carta do RJ em 2011. De cara, tem uma página de novidades, e vi que muitas ali eu não conhecia e outras estavam na minha mira a alguns bares...

Escolhi começar com a Coruja Strix Extra. Antes disso, tive a chance de conhecer e conversar com o "pai da criança", ou melhor, da Coruja. Foi uma das mágicas que esta casa me presenteou logo no começo da tarde. Rótulo e garrafa são um destaque a parte da versão pasteurizada da Coruja Extra Viva. 6,5% em uma lager que não lager, de tom cobre e sabor diferenciado. Feita com quatro maltes, ela consegue saltar em gosto em relação ao lúpulo e essa talvez seja a característica mais marcante. O creme se mantém em uma fina camada por toda a degustação e o final é duradouro. Amargor leve e constante.

Não se pode classificar e talvez essa seja a sabedoria das corujas do sul do país. E veja que eu não sou de repetir a garrafa, mas esta mereceu!
Logo em seguida, resolvi dar valor a casa (a primeira Delirium Café das Américas) e pedi o chopp Delirium Tremens. Admito que o Brasil seria muito mais feliz se todos os bares tivessem chopeiras de Delirium e Guinness. Refrescante e saboroso.
Depois de repetir a Coruja, provei a cerveja com o nome mais rock'n'roll que vi, ainda mais na festa do Rock Flu. A curitibana Wee Heavy do Bodebrown é uma cerveja artesanal de 8% e, segundo Maurício Beltramelli do Brejas, a primeira Strong Scotch Ale brasileira com registro no Ministério da Agricultura. Os paranaenses, criadores da ousada Indian Pale Ale (IPA) Perigosa, fizeram uma cerveja que realmente de padrão escocês. O creme é denso e a coloração caramelada dão um aspecto que faz jus ao sabor dessa cerveja. O aroma dos maltes é presente no equilíbrio ideal, e gosto se mantém após a degustação constante. Uma excelente dica!
Amigos tricolores a mesa recomendaram a cerveja Bamberg Rauchbier. O rótulo já mostra participações e prêmios para essa cerveja escura, turva e defumada. Cervejas Rauchbier são aquelas cujos maltes defumados, não importa se são Marzen e Weizen. De baixa fermentação, essa cerveja premiada é de um sabor único, o que explica ser a preferida para acompanhar charutos e cachimbos.
E não acabou! A principal cerveja da noite foi servida pelo João aos amigos do Rock Flu, merece um post único. Não é todo dia que este entusiasta degusta uma cerveja do imperador, safrada, feita uma vez por ano, belga, com 10%... melhor parar por aqui. Até o próximo brinde!