27 de janeiro de 2012

As maravilhas do Delirium
Chimay Triple ou White

O site Confesso que Bebi apresenta a série As maravilhas do Delirium. O prazer de beber uma boa cerveja pode ser como ler uma boa poesia ou um texto. E ao meu ver, esta é uma cerveja que tem um toque de poesia. Este soneto belga é a Chimay Triple (também chamada de Chimay White)
Melhor se servida entre 6°C e 8°C, sua aparência amarelo dourado, não muito translúcida, acompanhado de uma espuma cremosa e muito persistente mostra a qualidade desta cerveja Belgian Trapist. O aroma tem forte presença floral e cítrica, proveniente da mistura dos lúpulos e dos maltes utilizados. Lembramos que uma triple (ou tripel) é aquela que tem três vezes mais malte que uma cerveja tradicional.
O primeiro gole é pura poesia! No sabor, nota-se a presença do malte de cevada, notas intensas de pêssego, notas mais suaves de uvas e um amargor tradicional do lúpulo, gerando como resultado uma cerveja de sabores complexos, contudo muito interessantes. O final da cerveja é longo e seco. Entendam como final da cerveja o que ela "deixou" para você, por quanto tempo o sabor fica na boca, qual a sensação ao final de cada prova.

Uma das grandes características das cervejas trapistas é exatamente esta qualidade na mistura dos sabores suaves e amargos. Esta Chimay chega a ser um pouco mais doce do que outras do mesmo estilo, mas não entendam como algo bom ou ruim. Se Fernando Pessoa afirma em um dos seus versos que sinta quem lê, posso parafrasear e brincar com as palavras ao dizer sobre a Chimay Triple: sinta ao beber!

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